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Dor no Idoso: um problema de saúde pública


dor no idoso, atividade física

A dor no idoso atinge uma parcela cada vez maior da população. Conheça as principais dores crônicas e como tratá-las

Estima-se que em 2050 a população de idosos ultrapasse o número de pessoas economicamente ativas, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com essa tendência, a dor no idoso está se tornando um problema de saúde pública. A incidência de dor crônica nesses indivíduos chega a 50% e até 80% nos pacientes institucionalizados (que estão em hospitais, clínicas ou outras instituições de saúde). Apesar de normais na terceira idade, as mudanças pertinentes ao envelhecimento acarretam em perdas progressivas da capacidade de adaptação e interação com o ambiente, tornando o indivíduo mais vulnerável e tendo um impacto muito grande na qualidade de vida.

A rigorosa avaliação da história e das características da dor é fundamental para o seu diagnóstico. A análise do tipo de dor (cólica, aperto, pontada, etc), de sua variação no tempo (dor contínua, períodos de melhora) e a sua relação com os mais diferentes fatores (alimentação, posturas, estado emocional, etc) são básicos. Atualmente, dispomos de vários instrumentos para avaliar a dor no idoso, mas, infelizmente, por desconhecimento e falta de treinamento da equipe, poucas vezes são utilizados.

Dor no idoso: conheça as mais comuns

Na terceira idade se destacam as dores reumáticas, as dores nas costas, as dores abdominais e as dores da face. A dor de cabeça deve ser sempre muito bem avaliada.

A angina de peito é a dor provocada pela falta de irrigação sanguínea ao músculo cardíaco e também tem grande importância na terceira idade.

No câncer, a dor pode ocorrer devido ao próprio tumor (dor óssea devido à metástase, por exemplo) ou ao tratamento (a quimioterapia pode levar à dores nevrálgicas).

No tratamento acontece um dos maiores desafios, pois muitos remédios usados para os mais jovens apresentam grandes efeitos colaterais nos idosos. Os anti-inflamatórios (medicações mais usadas para o tratamento de dor aguda) podem ocasionar gastrite, úlceras, problemas renais, cardíacos, entre outros. Outro fator complicador é a interação entre as medicações, pois comumente os idosos tomam diversas medicações diferentes ao dia. Essa interação pode tanto alterar o efeito das medicações, quanto aumentar os efeitos colaterais. Por isso, médicos que estão acostumados no tratamento de dor nos idosos são muito importantes. Tontura, sonolência, delírio, constipação são alguns efeitos colaterais dessas medicações e podem ser atenuados e tratados com a vigilância e conhecimento farmacológico.

Como tratar corretamente a dor no idoso.


Graças ao avanço da medicina, hoje dispomos de técnicas minimamente invasivas para o controle da dor, onde o médico pode administrar através de uma agulha bem fina, medicações diretamente no local acometido, ou até mesmo destruir esses nervos com uma técnica chamada radiofrequência.

Todos aqueles que convivem ou cuidam de idosos devem estar atentos para a importância do controle da dor. Viver com dor crônica pode fazer o indivíduo se sentir isolado, ansioso ou deprimido comprometendo seu bem estar social e emocional. Por isso, deve haver um esforço das políticas públicas na prevenção e no controle da doença, promovendo uma melhor qualidade de vida para essa população.

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